-E aí, doutor, é menino ou menina?
-Nem um nem outro. Dessa vez foi só uma vesícula.
O que poderia parecer piada é a nova modalidade cirúrgica que está provocando salivação nas grandes indústrias de materiais endoscópicos (a poderosa japonesa Olympus é uma delas) e nos cirurgiões ávidos por novidades – nem sempre em benefício do paciente.
Ainda em fase experimental, a cirurgia chamada de transluminal por orifícios naturais (NOTES, sigla em inglês) quer reparar (ou retirar) quase todos nossos problemas através dos nossos, digamos, “buracos” (boca, ânus e – acredite – vagina!).
Já há relatos de biópsia de fígado, retirada do baço, de apêndice, de ovário e de vesícula em animais (cães). Claro que um ou outro morreu logo em seguida. Detalhe. Até agora nenhuma família canina processou os médicos envolvidos.
Mas (pasmem!): seres humanos têm se submetido. Awilda Sanches, fisioterapeuta americana teve sua vesícula biliar retirada via vaginal (difícil imaginar por que caminhos, não é?) com a nobre finalidade de “usar um biquíni sem ter que se preocupar com a cicatriz”(!).
Gente, é claro que a nova modalidade deverá ser útil (por exemplo, em pacientes muito obesos, nos quais os cortes e cicatrizes são um grande atrapalho para cirurgias convencionais).
Mas cirurgias convencionais são feitas pelo menos desde os tempos napoleônicos e, embora devamos nos modernizar, procedimentos cirúrgicos envolvem riscos. Neste caso, riscos novos e desconhecidos (e pior, não estudados).
Portanto, você que me lê neste momento, seria muito sensato em não se submeter a nada parecido neste seu resto de vida.
-Nem um nem outro. Dessa vez foi só uma vesícula.
O que poderia parecer piada é a nova modalidade cirúrgica que está provocando salivação nas grandes indústrias de materiais endoscópicos (a poderosa japonesa Olympus é uma delas) e nos cirurgiões ávidos por novidades – nem sempre em benefício do paciente.
Ainda em fase experimental, a cirurgia chamada de transluminal por orifícios naturais (NOTES, sigla em inglês) quer reparar (ou retirar) quase todos nossos problemas através dos nossos, digamos, “buracos” (boca, ânus e – acredite – vagina!).
Já há relatos de biópsia de fígado, retirada do baço, de apêndice, de ovário e de vesícula em animais (cães). Claro que um ou outro morreu logo em seguida. Detalhe. Até agora nenhuma família canina processou os médicos envolvidos.
Mas (pasmem!): seres humanos têm se submetido. Awilda Sanches, fisioterapeuta americana teve sua vesícula biliar retirada via vaginal (difícil imaginar por que caminhos, não é?) com a nobre finalidade de “usar um biquíni sem ter que se preocupar com a cicatriz”(!).
Gente, é claro que a nova modalidade deverá ser útil (por exemplo, em pacientes muito obesos, nos quais os cortes e cicatrizes são um grande atrapalho para cirurgias convencionais).
Mas cirurgias convencionais são feitas pelo menos desde os tempos napoleônicos e, embora devamos nos modernizar, procedimentos cirúrgicos envolvem riscos. Neste caso, riscos novos e desconhecidos (e pior, não estudados).
Portanto, você que me lê neste momento, seria muito sensato em não se submeter a nada parecido neste seu resto de vida.
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