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24 de janeiro de 2008

Salada



O médico, ao suspeitar de que seu paciente tem problemas de origem psicológica (associados ou não à doença orgânica) normalmente o encaminha para profissionais da área da saúde mental, psiquiatras ou psicólogos.
A partir daí, o que ocorrerá com o paciente? Passará por uma breve terapia? Fará psicanálise?
Para a maioria dos médicos esse encaminhamento se parece mais com um “passar a bola”. Médicos costumam estar ignorantes do tipo de tratamento ofertado. E pacientes, muito mais ainda.
Ao primeiro contato com o psicólogo ou psiquiatra o paciente (e, principalmente, o médico que o encaminhou) deveria ter uma boa idéia da linha de tratamento adotada pelo profissional.
Se o caso é para psicanálise, há que se considerar, como abordam Stephen Mitchell e Margaret Black no seu excelente “Freud and Beyond” (ainda sem edição em português) a grande heterogeneidade das escolas psicanalíticas.
Teóricos da psicanálise que de certa forma complementaram (ou quase reformaram totalmente) as idéias de Freud, do início do século passado, deram caras totalmente diferentes aos tratamentos psicanalíticos (dependendo se o psicólogo é neo-freudiano, kleiniano, lacaniano, trabalha com a psicologia do ego ou do self, por exemplo).
Para complicar, terapias breves (as mais em voga hoje em dia, por tentarem apresentar resultados mais rápidos) também se baseiam em uns ou outros autores.
No fundo, contudo, o que realmente importa é a sensibilidade e perícia de cada profissional.
Segundo os próprios autores (citados acima) no final do seu livro, a grande meta do tratamento psicológico seria “lidar fundamentalmente com pessoas e suas dificuldades, transformar relacionamentos em compromissos com o auto-entendimento inter-pessoal mais aprofundado, além de dar um sentido mais rico às pessoas, associado a um maior grau de liberdade”.

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