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11 de janeiro de 2008

O Que Não É Espelho


“As muito feias que me perdoem, mas beleza é fundamental” * (Vinícius de Moraes)

Se quiser negue você.
Eu é que não vou ser cara-de-pau de negar a enorme, poderosíssima capacidade de sedução do belo.
Ocorre que a beleza é comparativa. Não há como todos serem belos, pois a beleza desapareceria.
Felizmente (principalmente para os não agraciados), a beleza é indissociável de outro componente: a subjetividade. É o tal do “que é belo para você pode não ser para mim e vice-versa”.
E cabe à maioria dos mortais (menos belos que os “verdadeiramente belos”, aqueles que são quase – e há sempre um “quase”, note – unanimidade) lembrarem constantemente disto: da beleza que está nos olhos de quem a vê.
E por que a preocupação com esta beleza, agora?
Porque muitos adolescentes (de todas as idades e em ambos os gêneros) dedicam uma vida na busca – e admiração – do belo. Busca incessante e ponteada de angústias.
“Culpa” da mídia?
Essa é fácil. Claro que é culpa da mídia. Não só dela, mas principalmente. A mídia reflete o que é humano, a atração pelo belo, e a amplifica, pelos mais variados interesses, quase todos de ordem comercial. Cabe a cada um de nós – principalmente aos pais das cabecinhas imaturas – fazer o alerta e a crítica.

* Desconheço o contexto do comentário, mas Vinícius certamente não tinha a intenção de transformá-lo em dogma.

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