- Ah, pega lá aquela pomadinha na gaveta. É tudo igual!
Pomadas de corticóides (agentes antiinflamatórios para alívio de irritações, inchaços, picadas de insetos, etc.) são muito úteis - e utilizadas. Mas, principalmente em crianças, há que se ter em mente algumas informações importantes:
Imagine que você tivesse retirado toda a pele de uma criança de 1 ano de idade (não tente fazer isso em casa!) e espalhado pelo chão, como naqueles tapetes das casas nas montanhas. A área deste “tapete” (a superfície corporal) é, digamos, x (sempre o x, né?).
Agora faça o mesmo com um adulto (não comigo...). Esta área vai ser aproximadamente 2x (o dobro, para quem é ruim de matemática).
Agora, pegue o peso:
Criança de 1 ano: ± 10 kg.
Adulto: ± 70 kg (pelo menos 7 vezes mais)
Então, a relação entre a superfície corpórea (o “tapete de pele”) e o peso é muito maior na criança.
E o que isso quer dizer?
Quando se passa pomadinhas de corticóide (presente em inúmeras formulações associadas, por exemplo, com antibióticos ou remédios para fungos) há que se lembrar que estamos medicando uma área proporcionalmente muito maior em crianças do que em adultos (com chances bem maiores de efeitos colaterais*).
Além disso, pelas diferentes espessuras da pele em diferentes regiões do corpo, também precisamos ter cuidado. A área do escroto e das pálpebras, por exemplo, tem uma absorção do medicamento 42 vezes maior do que do antebraço!
Fraldas são outro problema: funcionam como curativos oclusivos, aumentando muito a ação do remédio (imagina, então, um corticóide de alta potência no escroto de uma criança usando fralda...).
Outras duas diferenças importantes:
Pomadas têm base gordurosa, não espalham tão bem quanto o creme. Também têm efeito maior (funcionam como oclusão no local aplicado).
Diferentes marcas têm concentrações (e potências) distintas (a diferença pode estar escondidinha na bula, na forma de porcentagem).
E então, continua achando que “pomada é tudo igual”?
* Alguns efeitos colaterais de corticóides em excesso podem ser bem sérios, como a síndrome de Cushing e alterações no crescimento.
Pomadas de corticóides (agentes antiinflamatórios para alívio de irritações, inchaços, picadas de insetos, etc.) são muito úteis - e utilizadas. Mas, principalmente em crianças, há que se ter em mente algumas informações importantes:
Imagine que você tivesse retirado toda a pele de uma criança de 1 ano de idade (não tente fazer isso em casa!) e espalhado pelo chão, como naqueles tapetes das casas nas montanhas. A área deste “tapete” (a superfície corporal) é, digamos, x (sempre o x, né?).
Agora faça o mesmo com um adulto (não comigo...). Esta área vai ser aproximadamente 2x (o dobro, para quem é ruim de matemática).
Agora, pegue o peso:
Criança de 1 ano: ± 10 kg.
Adulto: ± 70 kg (pelo menos 7 vezes mais)
Então, a relação entre a superfície corpórea (o “tapete de pele”) e o peso é muito maior na criança.
E o que isso quer dizer?
Quando se passa pomadinhas de corticóide (presente em inúmeras formulações associadas, por exemplo, com antibióticos ou remédios para fungos) há que se lembrar que estamos medicando uma área proporcionalmente muito maior em crianças do que em adultos (com chances bem maiores de efeitos colaterais*).
Além disso, pelas diferentes espessuras da pele em diferentes regiões do corpo, também precisamos ter cuidado. A área do escroto e das pálpebras, por exemplo, tem uma absorção do medicamento 42 vezes maior do que do antebraço!
Fraldas são outro problema: funcionam como curativos oclusivos, aumentando muito a ação do remédio (imagina, então, um corticóide de alta potência no escroto de uma criança usando fralda...).
Outras duas diferenças importantes:
Pomadas têm base gordurosa, não espalham tão bem quanto o creme. Também têm efeito maior (funcionam como oclusão no local aplicado).
Diferentes marcas têm concentrações (e potências) distintas (a diferença pode estar escondidinha na bula, na forma de porcentagem).
E então, continua achando que “pomada é tudo igual”?
* Alguns efeitos colaterais de corticóides em excesso podem ser bem sérios, como a síndrome de Cushing e alterações no crescimento.
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