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10 de janeiro de 2020

Morre "de Velho"?



Não entendo nada desses assuntos, mas a polêmica da extinção ou não do já muito antigo seguro obrigatório veicular (com esse nome horroroso de DPVAT em homenagem à burocracia brasileira) faz a gente ficar ainda mais preocupado com o futuro do país.
Vai ser muito difícil (impossível é a palavra, mas não quero usá-la pra não parecer pessimista demais) a classe mais necessitada dos recursos desse seguro (mesmo que de forma indireta, como sempre ocorre *) aprender a se cuidar sozinho. 
A, por exemplo, não "costurar" no trânsito (prática que tinha quase desaparecido por uma ou duas gerações, mas que voltou com força total pelo afrouxamento no cumprimento das leis de trânsito), não botar "os bracinhos" pra fora do carro (outro modismo bobinho nos anos 1980, agora mostra de total ignorância), não andar de moto como quem vai entregar a última encomenda da vida (e frequentemente o é), não multiplicar por 3 a velocidade média permitida nas vias públicas, e etc.
Essa turma ainda precisará muito de alguma cobertura para seus altíssimos custos após os acidentes ocorridos, pois no Brasil é todo mundo invencível e imortal, pelo menos até que chegue à maturidade, essa (a única coisa que anda devagar) cada vez mais retardada pra chegar.
E eliminar esse seguro (fonte de muita corrupção, é verdade, mas, nesse país, quem nunca?) só transfere a conta pra quem de verdade paga as contas, ou seja, poucos.

* Diz lá, na lei: Do total arrecadado pelo Governo Federal com o seguro obrigatório, 45% são repassados ao Ministério da Saúde para custear o atendimento médico-hospitalar de vítimas dos acidentes de trânsito.