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17 de janeiro de 2020

A Hora da Fome


Imagine a situação hipotética de que só comeríamos em intervalos ditados pelo que é melhor pra nossa saúde. Só. Nada de fome, nada de cheirinho delicioso, nada de convívio social. 
Se conseguíssemos nos alimentar apenas por esse critério, deveríamos comer a cada quantas horas (ou dias, ou semanas)?
Na verdade, ninguém  - com todo o estudo que se faz a respeito - sabe a resposta correta.
Mas muito provavelmente as refeições seriam muito mais esparsas do que são, e aí por vários motivos já extensamente comprovados pela ciência.
Somos um bicho muito diferente dos demais, mas se formos buscar exemplos na natureza, a grande maioria dos animais têm um imenso gasto calórico dado pela busca do alimento e, em contrapartida, quase nunca estão comendo (esqueça o que você vê no zoológico ou na sua casa, aí são os homens a ditar os horários).
Isso vale, curiosamente, muito também para os bem pequenos. 
O "bebê-homem" deve se alimentar com muita frequência (espaço de até duas horas, às vezes). Mas provavelmente também não foi desenhado originalmente pra ficar "gorducho", como é a imagem de "bebê bonito" que temos na nossa mente (muito ditado pelo longo período histórico da escassez de alimentos, o que culminou com a introjeção na cabeça de várias gerações das formas arredondadas como sendo a ideal, "protetora" da tão temida fome, especialmente em seres frágeis como as crianças).

Nos tempos modernos é a abundância a gerar os perigos (perigos também fartamente documentados). Mas ainda continuamos a nos tratar (e tratar as crianças) como seres famélicos, com a boca permanentemente aberta desejosa de comida!