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4 de abril de 2014

Entre Fumaças e Calorias


Os Estados Unidos não são o país mais politicamente correto do mundo.
Mas são dos mais ligados nas questões econômicas.
Quando o ex-prefeito de Nova Iorque Michael Bloomberg criou a lei anti-tabaco (mesmo nas ruas) logo ali em 2002, houve gritaria pelo direito do povo usar o que quisesse onde quisesse. Ocorre que o ganho econômico se fez sentir em pouco mais de uma década, em queda de internações, mortes e doenças causadas pelo cigarro. Aí, boa parte do mundo veio atrás. Hoje, nas maiores cidades do mundo quase ninguém mais fuma em restaurantes, hospitais e outros locais públicos.
Agora (sempre pensando mais na questão econômica do que nas liberdades individuais) o governo estuda como "bloquear" a comilança, que já tem trazido mais prejuízo que o fumo atualmente.
Aqui, a briga vai ser mais feia. Todo mundo come. Quase todo mundo come bobagens. Além disso, alguém que se entope de donuts dificilmente incomoda os outros nos ambientes (a não ser alguns anos-donuts depois, com seu volume corpóreo excessivo...), o que dificultará a proibição. As indústrias de "alimentos" têm ainda a seu favor a arte da camuflagem: um cigarro é sempre cilíndrico, branquinho e com fumaça na ponta (e um idiota na outra, dizem as malvadas linguas). Um malbouffe pode ter o formato, cheiro, cor, consistência que se queira (principalmente se belas crianças - essas sim, bem nutridas - façam a malvada propaganda para a grande massa de papais ingênuos).