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1 de novembro de 2013

Prefiro Uma Vida Sem Remédios


Claro. É uma afirmação aparentemente óbvia.
Aparentemente.
Quem vai querer usar remédio, se  pode abrir mão dele?
Aparentemente ninguém quer ficar doente. E aqui, de novo, aparentemente. Há muitos ganhos em adoecer. Maior atenção por parte dos familiares (nem sempre), abstenção da escola ou trabalho, "mordomias"...
Na minha área, a Pediatria, é possível (desejável) ter uma política "anti-medicamento", principalmente com a evolução em outras áreas (vacinas, saneamento, nível educacional e acesso à informação, acesso a psicólogo, controle laboratorial, etc). Até com a função educativa: a "muleta" do remédio é usada como substituto frequente de uma vida mais "completa" para muitas pessoas (interação social, resolução de conflitos, prática de esportes, acesso a cultura, etc.).
O perigo é o fanatismo. Alguns pacientes (pais) têm encarado o medicar como tragédia, causando alguns sofrimentos desnecessários para eles ou para seus filhos.
Não tiro a razão da desconfiança. Vivemos numa época em que uma certa paranóia é desejável (basta perceber o número de trabalhos científicos e a quantidade de médicos patrocinados por indústrias farmacêuticas). Mas a internet propicia a "conferência". Será que é isso mesmo? Preciso tomar "essa meleca"? Há alternativas? Quais são os riscos? Conheço alguns pacientes melhor informados do que os médicos a respeito dos seus remédios - ou até da sua doença.
Então não sejamos (pacientes e remédios) inimigos. Nem amigos "de se pôr a mão no fogo"! Amigos "com um pé atrás" parece a melhor postura.