Procure por assunto (ex.: vacinas, febre, etc.) no ícone da "lupinha" no canto superior esquerdo

4 de março de 2011

A Tão Sonhada Pílula da Inteligência


“Aprender é como fazer cocô: cada um precisa do seu ritual para obter sucesso”

Gente, pára ai!
Estamos observando uma nova onda de pais mais informados ou mais “mal-informados” (misinformed é um termo inglês para o qual falta um bom correlato, mas seria mais correto nesse caso) sobre o tal TDAH (transtorno do déficit de atenção e hiperatividade).
Quer a maioria destes pais que as dificuldades escolares de seus filhos (quaisquer que elas sejam) sejam agora “tratadas”.
Dão então aos médicos três opções:
“Ou meu filho não aprende porque é desatento ou porque é um hiperativo – ou, então, o que acho mais provável, a combinação dos dois!”
É realmente bom saber que certos alunos têm nome e sobrenome (e sigla) para suas dificuldades. É bom também que os pais estejam informados sobre isso.
O que pega é jogar tudo na vala comum do TDAH.
Numa época em que por um lado o sistema educacional falha em avaliar a capacidade de progressão dos alunos, e por outro, a sociedade põe uma enorme pressão competitiva nas instituições, pais e, finalmente, nos próprios alunos, culpar algum distúrbio “tratável” pelas falhas dos filhotes nas escolas está virando moda também entre nós (a exemplo da sociedade americana, que já faz isso há algum tempo*).

*A esse respeito, há reportagem de hoje no New York Times mostrando que, entre a moçada que chega à faculdade, até ¾ deles falha feio em leitura, escrita e operações matemáticas básicas.
Aí, fico pensando: “Espera! O que essa turma faz?”
Então, lembro da propaganda da Samsung:
“Segunda: Salvador, festa da Flávia, Terça: Rio, festa do Cris, Quarta: São Paulo, festa...”