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18 de fevereiro de 2011

O Tal do Pica-Pau


U’a mãe (elisão apostrófica pra evitar o cacófato) das melhores me disse um dia que proibia sua filha de 3 anos de assistir ao desenho do Pica-Pau.
Motivo?
“Violência”, respondeu.
Para alguns pode parecer exagero, mas confesso que até não acho. Melhor isso do que deixar assistir tudo indiscriminadamente.
O que me incomoda é saber que mesmo essa pequena inocente menina está inserida num mundo “picapauano”, da safadeza, da malandragem, da maldade às vezes gratuita.
E aí, quando outros coleguinhas escolados em Pica-Pau desse mundo entrarem em contato com ela, será que ela não vai estar muito inocente?
Sim, Pica-Pau não é escola de nada. É até engraçadinho, e tem servido às mães para que seus pimpolhos fiquem um pouco quietos enquanto elas fazem as tarefas domésticas.
Mas está de forma irremediável no contexto.
Assim como a Hello Kitty. Assim como a Mônica. Assim como a Puca, e sei lá quem mais.
O uso comercial desses personagens todos talvez seja mais perverso do que uma picapauzada ou outra.