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28 de maio de 2010

Fantasia


Tive um sonho horripilante.
Notei, ao me olhar no espelho, que aquela espinha de grandes proporções da minha pálpebra superior deixava agora para fora um rabo. Um rabo que se contorcia levemente.
Babando de ansiedade, peguei um papel higiênico e, segurando o corpo do que agora sabia ser uma larva, fui delicadamente puxando, para que a cabeça do bicho não se separasse do resto. Sentia segmento por segmento passando pelo orifício palpebral, como vagões se deslocando numa montanha russa.
Lembro-me claramente da sensação: além do evidente nojo, uma sensação gostosa, de alívio.
Aquele verdadeiro monstro de Loch Ness que se debatia depositado na pia do banheiro devia explicar muita coisa do que eu sentia ultimamente.
Minhas pálpebras mesmo, imediatamente rejuvenesceram. Meu corpo estava mais leve.
E aí, pus-me a pensar, que mais?
Claro, por isso tinha tanto sono! Má digestão, dor nas costas, também. E meus erros todos no jogo de basquete!

Todos os meses de maio, milhares de mães da nossa região acorrem aos postos de saúde. Buscam solução fácil (um remedinho) para problemas dos seus filhos. Quem sabe na administração daquele simples remedinho não saia de dentro da criança uma enorme larva que resolva tanto problemas atuais quanto futuros? Custa muito pouco tentar. Não custa quase nada acreditar.