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17 de fevereiro de 2009

Aerolíneas Obstruídas


Muita gente tem dificuldade em entender a questão das adenóides na infância.
Por isso, vou recorrer a mais uma comparação esdrúxula:
Imagine que você (inteiro) é uma molécula gasosa. Mais especificamente, uma molécula de oxigênio.
Quando você, molécula de oxigênio, precisa adentrar em alguma via aérea (faringe-laringe-traquéia-brônquios-bronquíolos-alvéolos, nesse caso, representado por uma grande aeronave) você precisa passar por dois “obstáculos”:
O primeiro situado na entrada do corredor que leva ao avião-via aérea. É aquela moça que pede a sua passagem.
As obstruções nasais (das rinites causadas por resfriados ou alergias) são como as moças que por algum motivo (ter esquecido a passagem, por exemplo, ou pela sua cara de terrorista, ou pelo seu nome terminar em “Laden”) não o deixam entrar no avião na entrada do corredor: sua via aérea-avião desprovido do seu passageiro-oxigênio pela dificuldade já na entrada.
Digamos que você, oxigênio, passou tranqüilo pelo fossa nasal-corredor (sua narina está desobstruída pela ausência de processos gripais, não tem rinite alérgica, seu nome não é árabe, trouxe a passagem, etc.). Ao chegar ao final do corredor, encontra a porta do avião fechada. Essa porta fechada é representada pela adenóide (também chamada de “carne esponjosa”).
Você, oxigênio, então não “viaja” da mesma forma.
E aí, cada idade tem suas peculiaridades: recém-nascidos e lactentes têm “corredores estreitos”, que se entopem facilmente. De longe, resfriados comuns são a causa de dificuldades no lactente e crianças pequenas.
As rinites alérgicas vão adquirindo importância principalmente a partir do terceiro ano de vida (dificilmente antes).
A adenóide raramente incomoda antes do terceiro ano de vida (e também raramente após os 5-6 anos de idade, quando já está “murchando” para seu diminuto tamanho da vida adulta).

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