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16 de janeiro de 2018

Terra Arrasada


Sei que você vai me diagnosticar com depressão de início de ano, e talvez tenha razão.
Mas muito recentemente fiquei com um grande nó na garganta ao me dirigir a um endereço conhecido há anos e encontrar algo parecido com uma ruína do que já havia sido: uma livraria.
Sei que não sou o único. Basta fazer a pergunta "as livrarias estão desaparecendo?" para o Google, e ele vai mostrar um monte de gente pelo mundo inteiro sentindo a mesma melancolia que tenho sentido.
Curiosamente, confesso que tenho feito minha importante parte para que as livrarias sumam. Minha decisão de adotar o livro digital não é nova e deveu-se em boa parte por questões ecológicas, pois já não estava achando espaços para acumular livros (lidos, é sempre bom que se diga!).
O que me causou mais tristeza foi ter acreditado em toda aquela gente (especialmente no Brasil) que vinha com aquele papo de "adoro manusear os livros, por isso não leio ebooks...". Ué, gente, cadê todos vocês? Então só manuseavam, ou cansaram desse manuseio? Por que deixaram então que acontecesse esse fato inédito desde Gutenberg?
Minha terrível suspeita é de que, como em outros países, as mídias fáceis (smarts, tablets) estão matando a leitura de livros, mas que no Brasil, um país de enorme maioria analfabeta (a se contar os funcionais), as consequências serão as piores possíveis, pois essa ausência do contato com o livro físico fará dele mais um objeto de museu (e do gosto pela leitura, uma aberração).
Passa lá o remedinho!...