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14 de abril de 2017

Pneumonia Não


Basta acender as luzes dos postes para as mariposas darem as caras.
Também no início de algum friozinho de inverno, os diagnósticos de doenças respiratórias vão horripilando os pais. É sim, para alguma preocupação. Mas não pra pânico.
Das doenças respiratórias, uma que está sempre "na boca do povo" é a pneumonia, tão temida.
Ela é temida em boa parte pela evolução fatal que costumava ter na era pré-antibiótico ("esses dias", em termos de história da humanidade, metade do século passado). Hoje em dia, na maioria das vezes, basta um diagnóstico.
E aí é que está. Na pressa de se livrar do mal, pais - e mesmo médicos - já vão chamando tudo de pneumonia (e instituindo tratamentos muitas vezes desnecessários ou excessivos, sem falar no estigma da doença mais grave).
Então, só para lembrar, pneumonia não:
Costuma ser o diagnóstico de quem está brincando (pelo menos boa parte do tempo, ou quando não tem febre)
Dá em quem não tem febre (a não ser em casos da chamada "pneumonia atípica", menos urgente)
É causada por bactéria em muitos dos casos, não necessitando de antibióticos nessas situações 
a toda hora (na maioria das crianças ou nunca vai acontecer, ou no máximo uma vez apenas)
É diagnóstico feito por Raio X (esse é um complemento do diagnóstico clínico)
Precisa ser tratada como doença grave, a não ser quando os sintomas justificam

Conhecendo esses detalhes (só lembrando que medicina não é matemática, podem haver exceções), diminuímos os medos e nos prevenimos de ações diagnósticas ou terapêuticas indevidas.