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17 de março de 2017

Santa Ignorância


Cansamos de ver pais angustiados com duas coisas (às vezes somadas): a história familiar de diabete dos seus filhos e seus estilos de vida pouco saudáveis. Tornar-se-ão (desculpa a mesóclise, deve ser culpa do Temer) eles diabéticos, talvez num futuro próximo?
Há pesquisas muito recentes que indicam que um exame de fácil execução (a hemoglobina glicosilada, abreviada como HbA1c) poderia prever com algumas décadas de antecedência a instalação da diabete no "futuro adulto".
Aí vem a pergunta de sempre:
Vale a pena (decifrarmos o futuro)?
Por esse motivo (por se prever a presença da doença) os pais (e principalmente avós) cuidarão melhor da alimentação da criança? Se engajarão em atividades físicas de maneira mais disciplinada? Em suma, farão com que a criança tenha uma vida mais saudável, atrasando (ou mesmo evitando) o aparecimento do problema?
Tendo a achar que infelizmente não.
Muito mais fácil algum pensamento mágico do tipo: "quando chegar lá já deverá existir algum novo remédio, que talvez até cure a diabete!".
E, inversamente, também o resultado normal do exame poderá servir de "passe livre" para se relaxar no estilo de vida. Isso sim, muito mais fácil de acontecer.
Para refletir.