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16 de dezembro de 2016

GPS


Acho o tema "orientação sexual" interessante porque afeta o dia a dia da sociedade como um todo, mas afeta o sistema de saúde pública muito mais do que se possa imaginar.
É interessante porque com toda cara de liberalidade com a qual levamos nossas vidas, ainda vemos enormes, terríveis preconceitos.
Ao mesmo tempo assusta um pouco (e temos que falar isso com muito cuidado para não termos nossas janelas quebradas) o recente "proselitismo gay", essa coisa das novas gerações de que a homossexualidade deva quase que ser obrigatoriamente experimentada para que se possa dizer que não se gosta, como se a relação sexual com alguém do mesmo sexo fosse um sashimi esotérico ou um pedaço de brócoli. 
Boa parte da mídia é gay. Ótimo. Ajudou muito a quebrar barreiras, a derrubar tabus. Artistas, cantores, publicitários e mesmo donos de indústria também são homossexuais. Sem qualquer problema. Com a exceção de que têm exercido um crescente papel na educação das crianças, no vácuo da presença dos pais (e especialmente da figura masculina educadora). Isso não é conversa de machista-conservador-enrustido. Não. 
Meninos "vocacionados" ao comportamento hetero não precisam se sentir incomodados, tanto quanto não deveriam sentir um choque quando encostados por alguém do mesmo sexo. Sexualidade é identidade. Deve ser sempre - e cada vez mais - respeitada. Mas a balança não deveria pender para um lado ou outro ao sabor dos modismos, da mídia, ou mesmo da pressão social. 
Isso sempre tem feito pessoas (e seus parentes) infelizes, doentes, fisica e psiquicamente.
Se você é gay, sugiro que se assuma. É o melhor que tem a fazer. Por mais sofrimentos que cause no curto prazo, sua vida será mais "leve" no futuro (ainda que não exatamente "fácil" como esperamos que seja num futuro ainda longinquo).
Se você tem convicções hetero, seja firme na sua heterosexualidade. Se ainda por um outro lado sente-se "curioso", se sente aquele "choque" que me referi acima, talvez deva mesmo repensar sua orientação, tarefa que demanda algo de coragem e sinceridade.
A brincadeira da música do Adnet de que "todo mundo é gay" não deve ser verdade. Mas ela interessa para fazer as pessoas repensarem suas posições. Interessa também para que cheguemos mais próximos dos "números reais" do comportamento sexual. Fará bem a todos, imagino.


(Só lembrando que o próprio conceito do limite entre a homo e a heterosexualidade está tendendo a ser borrado hoje em dia. É possível que todos os "alfarrábios" sejam jogados fora em questão de poucos anos e eu precise pedir desculpas por essa postagem tão démodé)