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4 de setembro de 2015

Frescurite Alimentar


Não é um novo diagnóstico.
Mas está se tornando muito, muito comum.
É a salada mista de diagnósticos verdadeiros de alergia alimentar com a intolerância, com a... frescurite, mesmo!
Do bebê ao senhorzinho, parece que o mundo inteiro resolveu ter alguma encrenca com o que habitualmente se come. As queixas são variadas: desde o excesso de gases até o... nada! Mas que, por um motivo ou outro, o médico ou o nutricionista (ou o pajé, ou seja-lá-quem-for) resolve decretar que tal ou tal alimento (ou uma fração dele, como no caso do glúten) simplesmente "está te fazendo mal!".
A curiosidade é que o "paciente" facilmente engole (nesse caso, sem alergia ou intolerância), talvez pelo fato de achar que "ele (médico, nutricionista, pajé ou seja-lá-quem-for) deve saber melhor do que eu"...
Apesar de onívoros, não há de ser tudo mesmo o que podemos comer que não vá dar "uma coisinha ou outra" (gases, evacuações mais ou menos frequentes, uma leve dor ou uma dor mais incômoda, mas passageira, azia, dor de cabeça, etc.). Eu, por exemplo, passo muito mal com parafuso. Vida que segue. 
Claro que foi se descobrindo aos poucos que a doença celíaca é mais frequente do que antes se imaginava. Ou que a alergia alimentar está em alta (e nem poderia ser diferente, pela "invenção" de alimentos em laboratórios). Em contrapartida, o refluxo gastroesofágico, por exemplo, foi perdendo a moral como algo muito sério na maioria das pessoas portadoras. 
Mas a grande diferença, imagino eu, se deve ao "excesso de conhecimento", à vida voltada pro próprio umbigo (ou pra dentro dele) como nunca se viu e à medicalização de situações banais.
Hoje, se você combinar um mero churrasco, vai ter que fazer um cardápio à parte para os "intolerantes", alérgicos, celíacos, vegetarianos e etc. Tá ficando difícil...