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17 de abril de 2015

Geração Gadget


Já falei aqui que os pais têm achado um prodígio seus filhos lidarem com os mil gadgets - palavra moderninha para smartphones (!), tablets (!), notebooks (onde foi parar o português?) - que nos inventam a cada ano.
E se nos inventam é (supostamente) para nos facilitar a vida! Tanto que o outro extremo (as vovós) também andam desenvoltas nos aparelhinhos. Nem óculos precisam!
Então:
Não vai ser por aí (quer dizer, não vai ser no saber lidar com coisas que todos mais ou menos sabem) que vão se preparar para os futuros desafios acadêmicos. Mais provavelmente o contrário.
Smarts e tablets têm milhares de coisinhas para competirem pela atenção da criança. Difícil ler, difícil manter a concentração numa só coisa (um dos grandes aprendizados da fase escolar, e, então, cada vez mais complicado), uma grande tentação - quase uma obrigatoriedade  - descobrirem "tudo o que essas maquininhas têm pra dar".
Bom por um lado, mas devastador por outro. Percebemos já algum tempo a incapacidade de boa parte dessa geração (que vai, sei lá, até os quarenta) de fazer um sujeito se encontrar com um advérbio, de entenderem uma história contada, de se interessarem por mais do que uma imagem.
Não dará futuro pra ninguém.


Nem mesmo pra Apple...