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10 de abril de 2015

0 a 0




O futebol do Rio de Janeiro já foi um charme.
Tendo como palco o (então) maior estádio do mundo - o Maracanã - símbolo de uma das mais belas (se não a mais) cidades do mundo, pelo menos em termos da mistura natureza + arquitetura + carisma de seu povo, hoje substituído por uma homogênea "arena", tão bonita quanto sem identidade, abrigava craques dos quilates de Garrincha, Zico e Roberto Dinamite.
Diminuiu a qualidade do jogo, aumentou (e muito) o salário dos jogadores.
E pra fazer frente às despesas - mas também à grossa roubalheira dos dirigentes - recorre-se a tudo. Principalmente à propaganda, hoje manchando o espaço destinado à identificação dos times, nas suas caras camisetas. É por vezes difícil identificar para quem torcemos, no desfile de lojas, estabelecimentos bancários, estatais e produtos de todo tipo ali estampados.
Uma das novidades - e por isso incluí o assunto neste espaço - são os pretensos "medicamentos".
Sempre foram anunciados nos estádios. E de acordo com o nível socio-cultural da maioria dos espectadores, quase sempre se tratou de formulações inócuas para todos os tipos de males para os quais a medicina ou não tem a cura ou a tem, mas custa caro ou dá trabalho obtê-la, ou ainda, a melhora está mais na cabeça de quem toma o produto.
O engraçado - se não fosse um pouco trágico - é a atual abundância de formulações anti-"paumolescência" (como definiria a turma do extinto Casseta). Chazinhos, guaranás e pílulas com nomes "fortes", sonoros, com a grande promessa de uma maior virilidade (ou da sua recuperação).
Dependendo desse tipo de coisa, daqui pra frente vai ser um eterno 0 a 0. Tanto nos gramados quanto nas íntimas "arenas".