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7 de novembro de 2014

Tirinhos

 
É sempre difícil compreender o que se passa na cabeça de um povo diferente da gente, quanto mais julgá-los.
O povo russo tem uma história grandiosa, história recente (foi o único país que implementou o socialismo de fato e doeu, doeu muito, mas algumas das cicatrizes embelezaram mais do que enfeiaram, cultura e patrimônio) e história antiga (os tzares russos, nos seus mandatos ainda mais repressivos que os governos "revolucionários", criaram uma nação triste mas fascinante, e que aprendeu a tomar porrada e ficar de pé). 
Por isso não julgo o comportamento dos pais que em Moscou levam seus plácidos filhos pequenos nos parques para brincarem em inocentes carrinhos de combate:
 
 
Os mesmos filhinhos, um pouco maiores, tiram fotos vestidos de combatentes (endossando metralhadora, grandes capacetes e vistosos pentes de balas nas áreas chiques do comércio) do tempo da Segunda Guerra, para orgulho dos pais e aprovação dos passantes:
 
 
Não sei as reais consequências destes hábitos (e penso que ainda sejam mais consequência do tal passado do que causa de problemas futuros). Vemos o extremo desse comportamento em boa parte do povo árabe e asiático, e percebemos o quanto é péssimo. 
Mas temos todos incrustados em nossos gens um comportamento algo belicoso. Basta que um produto rareie num supermercado ou shopping center para que vejamos pacatas mães de família se esbofeteando. A inocência, a paz, são frutos de um acaso social, quase nunca duradouro.
Daí minha insistência para que os pais não se incomodem tanto com as - aí sim - inocentes arminhas de plástico, com os jogos de tiros e cacetadas. 
Importa muito mais o contexto onde estas crianças se inserem. E meninos gostam, gostam muito, de dar seus tirinhos. Faz bem. Relaxa, acalma. E ainda desenvolve sua identidade masculina (minha opinião).
Eu gostava. E hoje em dia admiro armas de longe, bem de longe. De preferência fora do alcance das balas.