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12 de setembro de 2014

Lucy Versus Lúpus


Desenho de criança só perde pra sonho, na sua fantasticidade.
No dia que eu completei 50 (anos, mas sei que parecem meses) andava um pouco pra baixo, pelo significado cabalístico (cabalístico de cabal: pleno, completo, terminado) da data.
Poucos dias após fui tentar finalmente resolver o enigma da canção Lucy in the Sky with Diamonds, dos Beatles (que eu, particularmente, como quase tudo, prefiro na voz do Elton John, e que foi revigorada na abertura da novela Império da Globo, versãozinha mixirica, mixuruca, mas passável) na internet:
Não, não é apologia ao LSD mesmo (mas parece inacreditável, pois a letra chega quase a "dar barato")!
E a Lucy em questão é morta, em 2009. Aos 46 anos, muito nova (aí o meu susto, muito nova para os padrões atuais, eu já estou com 50, mas fale baixo!). De complicações. Não ligada às drogas. Não pelo uso de LSD. Complicações ligadas a uma doença não tão conhecida assim: o lúpus.
Lúpus está (meio de gaiata) na classificação das doenças reumatológicas. É parte das doenças em que nossos anticorpos e células de defesa a partir de um certo momento começam a jogar contra a gente, criando inflamação e com ela, destruição, de pele, cartilagem, coração, pulmão, rins. doença autoimune, assim chamada.
Remédios mais eficazes têm aparecido. Mas não é brincadeira.
E foi esse malvado do lúpus que tirou Lucy (Lucy O'Donnel, a linda companheirinha de escolinha de Julian Lennon, quando ele trouxe um desenho da escola onde ela estava no céu, retratada ao lado não de estrelas, mas de diamantes, como possivelmente está agora, vai saber!) tão cedo de circulação.
Uma tristeza. Que embeleza ainda mais a poesia dos eternos Beatles. E nos dá algum triste consolo. Pobre Lucy (mas não vou dizer: "ainda bem que não fui eu"...).


Também eu, muito menos famoso (que um pé de abacate na beira da estrada) tive meus encantamentos com desenhos infantis.