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17 de dezembro de 2010

O Mil Por Um Milhão


Por que a gente é assim?
(Parece o Cazuza, né?)
Do que estou falando? Da nossa tendência a querer novidade, de achar que o que é novo é melhor.
Está difícil ir contra esta corrente, principalmente em tempos de pressão comercial, de patrocínio de tudo o que lemos e ouvimos por aí.
De novo, do que estou falando?
Mais especificamente dos novos medicamentos chamados biológicos.
Cuidado com eles!
Não são bons?
Não é bem isso.
São um acréscimo no chamado arsenal terapêutico.
O problema é que laboratórios têm se associado escandalosamente aos centros universitários – que são quem em última análise ditam comportamentos terapêuticos – para empurrar este tipo de tratamento (excepcionalmente mais caros e perigosamente associados a efeitos colaterais mais raros e severos) a pacientes que provavelmente se beneficiariam igualmente de remédios mais velhinhos e mais conhecidos (e muito mais baratos).
E daí fica aquela coisa perversa do médico que não os prescreve estar “desatualizado”, “fora de moda”, quando pode estar apenas pensando no benefício e no bolso dos seus pacientes e do sistema de saúde.
Mas...
Quem acredita nisso?