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25 de dezembro de 2009

Natal em Branco


Bobbie (este não é seu verdadeiro nome, nenhum brasileiro se chama Bobbie) percebeu que algo estava errado ao receber a carta do Papai Noel. Papai Noel não escreve de volta. Apenas lê, decide se sim ou não (na maior parte das vezes é sim, se o pedinte não for exagerado) e traz a mercadoria.
Mas... uma carta de resposta?
Abriu-a.
Lá estava:
“Caro Bobbie – este não é seu verdadeiro nome, sei:
Não pense que é por má vontade. É difícil pra vocês aí do hemisfério sul acreditarem, mas a coisa aqui tá branca. Branca de neve (me desculpem a expressão). Meu trenó tá congelado, o nariz da rena tá congelado (parece uma bola 8, de duro que tá), até meu saco... Bom, estamos realmente sem teto, sem condições de vôo.
Então, já viu: vão daí vocês! Dessa vez é sem presente.
Eu sei que essa coisa de presente é só simbólica. Sei que vocês não dão a mínima, não são sujeitos interesseiros, materialistas, acumuladores de bugigangas.
O Natal é uma festa pra reunir família. Pra rever parentes distantes. Pra abraçar aquela vovozinha que já nem lembrávamos que tínhamos mais, não é mesmo?
Bola pra frente (espero que aquela bola do ano passado você ainda tenha). E quem sabe no próximo ano, se esses fenômenos climáticos não se repetirem...
Do seu (aliás, de todos):
Noel”
Bobbie redobrou a carta. Poderia esperar por tudo, até por um CD de sucessos do Calypso. Mas por essa nunca esperaria. Nada de presentes no Natal? Que Natal é esse? Ouvia falar de espírito natalino, mas isso era ridículo.
Nem esperou a ceia. Foi direto pra cama, derrotado.
Afinal, 365 dias passam rápido. Ou se consolaria com a Páscoa...
Espera! Mas, e aquela coelhada, vem daonde?

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