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15 de abril de 2016

Mais Um Pouco de Política


"Vilma, desce daí, já falamo, desce!" "Desde que você subiu aí só tá fazendo bobagem!"
"Por que só você? Olha a carinha do Michel, ele veio pra brincar e você não deixa? Desce, vai?"
"Vilma, pra que gritar? Por que? Desce e tira a faixa! Tá todo mundo olhando! Dá essa faixa, que a gente dá uma toda vermelha pra você, da cor que você gosta!"
"Vilma, olha a Marina, por que você não deixa a Marina subir um pouquinho? Ela tá louca de vontade!"
"Vilma, não morde! Não morde! Só porque você tem esses dentões tem que ameaçar de morder todo mundo? É por isso que o Baraque não vem mais pra cá, de medo!..."
"Ó o Dudu, chegou o Dudu! Ele tá torcendo pra você cair. Esse Dudu, também, é maldoso! Mas se você tenta se equilibrar aí em cima, ele puxa e você vem com tudo!"
"O que? Quem chamou o Serginho? Aquele não é o Serginho, Vilma, é o Colin Firth!"
"Vilma, desce, tamo pedindo!... Vilma, tamo mandando!!" "Não, tá bom, tamo só pedindo, não precisa, não precisa ficar braba!" "Vilma, desce, por favor" "Vilma!!" "Por favor!..."
"Ai, não, ai não! Vai chamar o Luis Inácio! Não faz isso, Vilma! Vocês dois, quando se agarram aí em cima, ninguém mais tira! Parece ovo grudado na frigideira, parece queijo derretido na chapa! Não, não essa dessa chapa que nós tamo falando! Nada de chapa, chega de chapa..."
"Vilma, desce!"
"Ô, diacho! Desce daí!!"


12 de abril de 2016

Salada Causal


As "teorias infecciosas" estão por toda parte.
Infecções prévias poderiam causar uma gama enorme de problemas médicos posteriores (algumas vezes décadas depois).
Que tipo de problemas médicos?
Doenças alérgicas, doenças chamadas auto-imunes (significando anticorpos dirigidos de forma incorreta à órgãos do corpo acometido pela infecção), doenças psicológicas e psiquiátricas, e por aí vai. Penso que muito mais vem por aí (a homossexualidade, por exemplo, ainda que não seja um problema médico, vai ter sua causa "infecciosa" defendida).
É verdade que muito disso pode e deve ser confirmado. 
Ocorre que é muito difícil - senão impossível - confirmar a maioria das hipóteses, visto que infecções (assim, "genéricas") ocorrem em todos, indistintamente. Que germe causa o que, e em quem? Que papel relativo tem a genética? Em que medida os fatores genéticos são influenciados pelos germes? E pelos outros fatores (como no caso das pressões sociais nas doenças psiquiátricas)?
A salada é grande.
O que incomoda (a mim, pelo menos, incomoda muito) é a postulação dos tratamentos sem uma base confirmada. Medicamentos "anti-imunidade", biológicos (e caros, por isso deveríamos estar atentos) já estão sendo testados para tratar todas essas condições acima, com resultados contraditórios (mas lucrativos para os laboratórios farmacêuticos).

8 de abril de 2016

Istos Causam Aquilos


Acho muuuito interessante os resultados de estudos colocados na imprensa pra população.
Costumam dizer assim:
"Isso costuma causar aquilo".
E quando o "aquilo" é algum benefício medido, todo mundo pensa:
"Eba! Então "isso" é o que eu devo fazer!".
Esquecendo-se (dentre outros detalhes, como erros de amostragem, estatísticos, ou "de intenção") que o "aquilo" pode, sim, ser um benefício - e mesmo fazer "isso" pode beneficiar o "aquilo" por uma vida inteira - mas o que se está medindo no estudo é apenas e tão somente o "aquilo" (e quase sempre por curtos prazos, visto que estudos alongados, que nos dariam mais certezas, costumam ser inviáveis). Outros resultados diversos do "aquilo" estudado podem ser absolutamente danosos mas... não foram estudados!
E aí, como sói acontecer, quando se descobrem os outros efeitos, a vaca já foi pro brejo, o conselho virou hábito, o estudioso já foi laureado há muito tempo (ou passou dessa pra melhor). E ninguém pede desculpa pra ninguém.
Porque é sempre assim: quem mandou acreditar?

5 de abril de 2016

Menos!


Não quero voltar às tecnicalidades em relação à vacina da gripe, até porque isso é muito chato (tipos de vírus, vírus circulantes, indicação, riscos, etc.).
Ao que quero voltar é à nossa aparente vontade de nos sentirmos permanentemente em pânico.
É impressionante como notícias sobre saúde têm o condão de fazer as pessoas se desesperarem. 
Quem vê as reações dos pais nos últimos dias tem (de novo) a impressão de que pacientes com gripe invadem as ruas de forma semelhante ao famoso clip "Thriller" do Michael Jackson.
Não está sendo assim. Não está sendo assim de novo
Nosso Zika-pânico voltou a ser HN-pânico. Até que as notícias voltem a esfriar (e o clima volte definitivamente a esquentar) e se eleja (ou reeleja) a doença da vez.
Quanto à vacina, não adianta: É o milagre que todos esperam. Vacinou, despreocupou. Afinal, vacina protege 100%. Vacina evita. Pra que raciocinar, pra que medidas profiláticas outras, se podemos resolver tudo numa agulhada? É a vacina-placebo, no sentido de que nos faz ouvir noticiários aparentemente imunes. Falhou a vacina? Gripei? Remédio-placebo (ainda é o oseltamivir)! 
Não à toa, os governos hoje atendem aos clamores do povo. Querem vacina? Não vamos discutir. Façamo-la. É o antiviral? Compremo-lo, ainda que milhões tenham sido desperdiçados em anos anteriores, fruto de injustificados pânicos passados.
Consultórios pressionam laboratórios com a urgência das lojas aos fornecedores do novo modelo do iPhone. É pra já, o povo pede! Não deixemos passar essa oportunidade.
Claro que tudo isso ainda esconde o problema legal associado ao "não agir", ao não atender às demandas de um público apavorado. Pessoas morrerão de gripe (bem como morrerão de qualquer outra doença), mas... a culpa é de quem (não há como pôr um "bicho" tão pequenininho como um vírus no banco dos réus)?
Uma só palavra (de novo) à tudo isso:
Menos!...



Nos últimos anos, algumas pessoas "surfaram" em tampas de bueiros que explodiram no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro. Um fenômeno assustador. Não é um motivo válido pra deixar de frequentar esse maravilhoso bairro carioca. Olhar onde pisa, no entanto, é sempre bom.

1 de abril de 2016

Gosto Amargo


Da postagem anterior (sobre os possíveis danos dos adoçantes), faz-se o que (poderia você estar a perguntar - como diriam os lusitanos)?
Sei lá! (é a resposta mais sincera; mais deixando de lado a sinceridade crua, arriscaremos alguma coisa)
Inicialmente, reflita sobre o quanto você e seus filhos são "viciados" em sucos e refrigerantes*.
Se você é o caso do "não fico sem" (tem a minha total solidariedade, pois sou um desses pobres coitados que salivam ao ouvir um "tchhh" de garrafa abrindo), vale considerar a hipocrisia de consumir as porcarias longe do olhar das crianças pequenas (o banheiro é uma boa sugestão - ué, não tem gente que fuma escondido no banheiro?). É por uma boa causa. Só não se deixe descobrir, que aí fica muito feio.
Melhor do que se entupir de produtos zero ou light é moderar o consumo. Perto das barbaridades que a gente vê, tenho recomendado a "moderação" de um copo (cerca de 200ml) de suco ou refri às principais refeições (claro que seria melhor nada disso, mas...). 
A alternância (zero ou light com "normais" - açúcar - talvez seja uma boa idéia). Também melhor do que medida nenhuma.
Claro que a preciosa regra de matar a sede com aquela coisa prosaica chamada água é fundamental. Fico verde de raiva (por dentro!) com pais que deixam a jarrinha de suco de pacote na geladeira pra matar a sede dos seus filhotes.
Não esquecendo que não adianta recorrer aos chazinhos, águas de coco e etc. pois também são "doces" ou adoçados.