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26 de junho de 2018

Pobre Leigo


Até o advento da internet (mais especificamente do Google) era o médico quem costumava levar a pior. Ao pensar (ou saber) ter uma doença, costumava ter na sua cabeça (e ainda tem) mais ou menos detalhadamente o prognóstico, possibilidades de tratamentos, complicações, etc. E isso é sempre meio assustador (e até um complicador nas chances de melhora, por exemplo).
Hoje, quem "se dá mal" é o leigo.
E por que?
Porque o leigo tem tanta informação disponível quanto o médico. A diferença, entretanto, é que não sabe como interpretá-las. E isso é meio grave.
Dou um simples exemplo:
Um paciente recebeu a informação de um médico de que apresenta uma piodermite (uma infecção de pele que costuma ser banal, de tratamento relativamente fácil).
Mesmo tendo sido informado a respeito, o que faz? Google, claro!
E lá, dentre outras coisas, lê de que no exame de sangue pode haver "neutrofilia" (outra coisa banal no exame de quem tem infecção comum).
O que acontece?
"Meu Deus, neutrofilia? O que é isso? Posso estar com neutrofilia? Será que tem a ver com hemofilia? Será pior?"
O que faz?
Clic, clic, clic: "neutrofilia"!
Que diz lá: neutrofilia pode aparecer nisso, nisso, e naquilo...
E então:
"Meu Deus, então posso estar com isso, isso ou aquilo? Meu Deus!"
Percebe? A enrascada? 
A sugestão: se não puder evitar completamente, pelo menos evite aprofundar.