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5 de maio de 2017

Memórias de Um Whatsapp Médico


Para quem começa hoje como médico, o título acima no final de carreira baterá "O Tempo e o Vento" fácil, fácil.
O aplicativo, como já disse aqui, veio muito mais para o bem que para o mal.
São muitas as situações de pequenos problemas, dificuldades, esquecimentos, e mesmo certas revisões em que o "zap" quebra um galhão.
Mas daí, como sempre, tem um ou outro que abusa.
Tem paciente que eu não vi mais desde a invenção do (meu, pelo menos) whats! Só no smart!
Tem paciente que manda histórico com Rx, tomografia, opinião do colega, laudo cirúrgico e pergunta: "o que é que o Sr. acha?". E fica brabo se eu não respondo!
Tem paciente (mais "pacienta", a igualdade de gêneros parece que não vai chegar aí) carente. Tem que dar uma perguntada diária, nem que seja se hoje chove.
Dia desses, posplantonado (aquele estado em que você tenta se recuperar do plantão da noite anterior, mas ainda está meio zonzo), abro uma foto do whats e está lá: uma vagina vermelha! Não era uma "brincadeira porn", comum nessas mídias. Era de uma pequena paciente (bebê). Só depois é que veio a pergunta: "o que é isso?". Resisti a tentação de arriscar: "uma... vagina?" (a pergunta era sobre a lesão de pele).
Fiquei pensando... Ginecologista passa por isso?