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15 de junho de 2012

Jóias Raras


Não à toa o Palácio de Versailles é um dos pontos turísticos mais visitados do planeta: é um legítimo representante do ápice da realeza na história moderna da humanidade. Talvez nenhum rei tenha sido mais rei que Luis XIV, o Rei-Sol.
E ao se andar pela vastidão de quartos, salões e jardins do palácio, uma coisa chama a atenção: não há (ou pelo menos não havia) banheiros!
A grande diferença da riqueza atual para a riqueza de um passado recente: o número de banheiros das casas, apartamentos - ou mesmo dos palácios.
E o tal rei, então, não tinha (como ninguém tinha) o menor pudor de fazer suas necessidades reais em qualquer nobre recinto palaciano. E mais: despachava assim, literalmente sentado nos tronos (a palavra troninho tem, assim, a sua origem realmente real). A história conta que um acesso aos seus íntimos despachos era uma concessão disputada à tapa!
Também não à toa a horda de constipados aumentou nos dois últimos séculos. Fazer cocô foi ficando cada vez mais feio, cada vez mais algo que se deve fazer de forma solitária e inconfessa, ainda que certos banheiros pudessem fazer Luis XIV morrer de inveja.
Banheiro, ou mais exatamente cocô, pede ritual. Precisa de tempo. E uma mistura exata de concentração e relaxamento. E é isso que falta a muitas crianças atuais, apressadas ou excessivamente pressionadas na liberação de seus imaturos esfíncteres.
Tratar intestino preso pede hoje um pouco da realeza de outrora.