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8 de junho de 2010

Fragilidade Oculta


Existem poucas situações em que a Medicina se perde tanto quanto na questão do pré-adolescente e do adolescente obesos.
São pacientes mal tratados em todos os sentidos.
São normalmente vistos com preconceito por todos: colegas de escola (improváveis paqueras incluídos), familiares (pais incluídos com muita freqüência – exceto os familiares que “tomam suas dores”, às vezes com prejuízo ainda maior pela superproteção) e, ainda, médicos e nutricionistas em geral.
Há muita culpa, muita auto-estima afetada, muita dinâmica familiar torta, muito caminhar no sentido contrário em termos de orientação terapêutica (como por exemplo, e principalmente, tentar proibir o paciente de fazer aquilo que ele mais gosta – seja por alterações herdadas, ambientais ou por ansiedade em relação à sua própria condição de vida: comer!).
Há poucas situações médicas em que a noção de primo non nocere (“inicialmente não causar dano”, expressão latina usada para frear o ímpeto do tratamento que possa fazer mais mal do que bem) deva ser tão cuidadosamente aplicada.