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29 de julho de 2020

Caro Corona


"Caro" (?) Corona:

Não ousarei exatamente agradecê-lo, pois sei o quanto você tem agido mal.
Estou, no entanto, de uma certa forma devedor dessa sua própria maldade.
Não estava tendo tempo de reavaliar a minha vida. Não estava enxergando boa parte do que acontecia comigo e com aqueles que estão a minha volta.
E aí, por sua causa, parei. Parei, e com o tempo, fui (aparentemente) voltando a enxergar. 
Coisas que estava dando como certo, passaram a ter novo significado. Saúde, família, viagem, comida, dinheiro. Política, por que não? Tudo foi em pouco tempo adquirindo novos significados.
E você, matando. Mas não só matando. Assumiu o monopólio da notícia, criou novas barreiras onde elas já existiam, fez caírem algumas outras, transformou a todos em "experts" em saúde... Ou seja: subverteu nosso antigo mundinho. 
Me diga aí, sr. Corona, foi de propósito essa sua capacidade de mostrar a nós todos que a Medicina é esforçada, mas arrogante e burra? Justamente tão burra que veste fácil a camisa da própria arrogância, dando-se o direito de nos dizer como devemos levar as nossas vidas!
Foi decisão sua escolher um remedinho simples, barato e esquecido da mídia para dividir não somente a classe médica, mas quase que a humanidade inteira, expondo um dos grandes segredos e uma das grandes vergonhas da medicina, que é a de fingir que sabe como realmente funcionamos? 
Imagino, Corona (não sei nem mesmo como tratá-lo, se com deferência ou com intimidade), que deve estar dando boas risadas desse ser evoluído geneticamente, de quem empresta pernas, cabeça, pulmões (principalmente pulmões), rins, etc. para seguir o seu aparente humide destino. Humilde destino esse que nada havia ensinado à Humanidade até agora, mas que se não for por você (Sr?), nesses tumultuados últimos meses, parece que nada (furacões, enchentes, guerras, meteoros, novas pandemias) deverá ensinar.
Com todo o devido respeito, um seu despretensioso servo:


P.