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19 de julho de 2019

E Pra Garganta, Nada?


Nunca vi pesquisa a respeito, mas aposto que se se perguntar para os habituais consumidores das famosas "pastilhinhas pra garganta", a grande maioria ignora do que são feitas.
Não são todas iguais. E a grande maioria serve para nada.
Veja a composição das pastilhas Vicky, por exemplo. Uma mistura de açúcar com baboseiras, que deixa um "agradável frescor" na garganta! Nada de medicamento, como tudo o que o laboratório Vicky fabrica (a Vicky é a marca campeã mundial da enganação de trouxa, biliardária e totalmente inútil, um verdadeiro milagre de marketing).
Benalet. Aí já é remédio. Horroroso, porque "anti-alérgico para chupar". Pra que? Qual o sentido de se ficar rolando um medicamento anti-alérgico pela garganta sem que se exatamente engula? Qual a base de se usar anti-alérgico para as comuníssimas dores de garganta, seja de que etiologia for?
E a minha mais odiada: Strepfen. Estou cansado de falar mal do ibuprofeno aqui. Mas é que ele merece (ainda que nem sempre o ibuprofeno seja ruim, o enorme problema é do mau uso - e do abuso - que se faz dele). 

Além de você ficar chupando uma "balinha anti-inflamatória" (aí, balinha por balinha prefira a da Vicky, mas preferencialmente esqueça as balinhas, você não é mais nenhuma criança!), esse nome capcioso (Strepfen), que induz você a pensar no "strep"tococo, o grande germe (bactéria) causador das (reais!) infecções de garganta - bem mais raras do que as inflamações de causa viral ou ambiental. Não é antibiótico (seria absurdo se fosse, na forma de pastilha), não é uma "simples balinha", é um remédio, sim, com propriedades anti-inflamatórias, que com essa aparência benigna estimula os consumidores a se entupir de uma medicação com possibilidade de reações adversas às vezes graves.