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13 de abril de 2018

Boca a Boca


Estamos com uma pequena epidemia da doença chamada curiosamente de "mão-pé-boca", que é justamente os locais onde essa doença costuma mostrar lesões (falta de criatividade! se usassem o mesmo critério, chamariam a endometriose de "doença útero" e as hemorróidas de... deixa pra lá!).
Mas, como dizia, a mão-pé-boca tem mostrado o efeito curioso das informações médicas nos tempos atuais. Pais têm estado com um grande medo (e às vezes pânico) que seus filhos estejam sofrendo ou possam vir a sofrer... de mão-pé-boca (essa doencinha mixuruca)!
Tenho pensado sobre os motivos pelos quais isso acontece.
Aqui vão algumas hipóteses:
Vivemos épocas de saúde como nunca houve na infância. Pais, então, naturalmente não têm muito com o que se preocupar, em termos de doenças mais sérias. Preocupam-se, então, com um "mero" mão-pé-boca.
Escolas fazem a sua grande parte no disseminar informações "terroristas" (até pela sua própria ignorância da benignidade da situação).
Algumas palavras ficaram no imaginário popular, mas com significados "anormais". Se você diz que há alguma (mesmo que benigna) epidemia, na cabeça de pais menos informados (ou desesperados, ou os dois!) o que vai ficar ecoando vai ser mais ou menos assim: epidemia, ia, ia, ia!..., como algo necessariamente muito grave!
O fato de não se estar propondo nenhuma medida terapêutica, a não ser o isolamento domiciliar das "vítimas" (o que acentua uma impressão errônea de gravidade).

Esperamos que pais aprendam a medida certa das coisas. E tomara que tudo o que tenhamos que nos preocupar seja sempre um mão-pé-boca...