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12 de setembro de 2017

Enfilheirados


Falando com um casal sobre companheirismo dos irmãos pela vida afora lembrei de um caso curioso que eu testemunhei quando jovem:
Quatro irmãos (quatro! nem um nem dois!) que sempre saíam do mesmo colégio sempre à mesma hora e que invariavelmente caminhavam até a sua casa (naturalmente a mesma casa) sem se conversarem. 
E o que era mais esquisito: todos com alguma separação de chão entre eles (algo em torno de uma quadra de distância)!
Foram pelo menos uns dois anos nesse curioso ritual (não me lembro mais deles após esse período, talvez porque eu me mudei de colégio a partir dali).
E ficava sempre pensando: falta de amor? Ódio? Completa ausência de interesses comuns (nem mesmo o que teriam no almoço do dia)? Algum jogo (não parecia, pois todos pareciam muito sérios e algo compenetrados nos seus próprios pensamentos), alguma aposta? 
Não tinha familiaridade com as figurinhas, senão certamente teria perguntado o motivo, curioso que sou. 
Lembrando que à época não havia smartphone, o que teria facilitado esse comportamento meio alienado. Não. Iam meio que olhando o caminho.

Para ver como essa história de "meu filho, arrumei um companheirinho pra você!" nem sempre cola.