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18 de outubro de 2013

Copo 1% Cheio É Pingo


A doença celíaca tem uma incidência na população de aproximadamente 1%.
São um em cada cem que, diagnosticados, devem ter uma vida inteira de dieta - que exclui basicamente pães, bolos e biscoitos, ou seja, boa parte das delícias da vida - para afastar a possibilidade de complicações várias de saúde, que vão de diarréia crônica com desnutrição até doenças cardíacas ou câncer do aparelho digestivo.
Dito isto - visto que característicamente a doença celíaca é muito heterogênea na apresentação e pode dar as caras tardiamente, quando certos estragos são irreversíveis - se deve triar a população inteira, com um simples exame de sangue?
A pergunta não tem resposta conclusiva.
Não diria que não. Mas alguns pontos a favor da negativa são fortes. Como a dúvida se a evolução será sempre ruim para quem não tem sintomas claros. De novo, o problema é que sintomas podem vir um pouco (ou bastante) tarde demais.
Outra questão séria é ter força de vontade de se privar de coisas deliciosas por uma vida sem ter estado exatamente doente (apenas com a expectativa de vir a estar).
Então a polêmica continuará.
Cabe ao médico - e à própria população, estando ela apropriadamente informada - estar alerta à possibilidade (história familiar de doenças autoimunes como a diabete tipo 1 ou casos de câncer gastrointestinais aumentam as chances, por exemplo, e talvez devam, sim, ser triados).