A reportagem do Jornal Nacional de 02/09 mostrou que ao se proibir a venda de antibióticos sem receita, aumentou paralelamente a venda dos antiinflamatórios.
Isso só pode ser porque o povo, ignorante, muitas vezes confunde as duas classes de medicações (e, portanto, confunde o termo “infecção” com “inflamação”), pondo ambas indistintamente no mesmo saco (ou, nesse caso, na mesma cestinha da farmácia).
É impossível (e mesmo contra-indicado) tratar, por exemplo, uma pneumonia (infecção) com um antiinflamatório.
Assim como seria absurdo tratar uma tendinite (inflamação, sem germe como causador) com um antibiótico.
Os perigos, claro, não param por aí. Antiinflamatórios têm sido insistentemente usados para situações nas quais um analgésico (mais simples, mais barato e com menos efeitos colaterais) resolveria.
E aí parece que já estou ouvindo alguém perguntando:
-E a garganta?
(ai, a garganta!...)
Nas crianças (pela enésima vez), muitas vezes nem um nem outro devem ser usados, já que os vírus são os campeões (principalmente em faixas etárias mais novas) e, ainda que sejam infecções, são infecções virais, sem necessidade de antibiótico.*
Mesmo nos ouvidos a experiência tem mostrado que quanto menos agressivo se é no tratamento, melhor (exceto nos casos com sintomas mais intensos, como febre prolongada e prostração).
*Na prática médica, quando se fala em inflamações causadas por vírus, são apenas inflamações, reservando-se o termo infecção apenas para as infecções bacterianas (que necessitam antibióticos), o que causa muita confusão!
Isso só pode ser porque o povo, ignorante, muitas vezes confunde as duas classes de medicações (e, portanto, confunde o termo “infecção” com “inflamação”), pondo ambas indistintamente no mesmo saco (ou, nesse caso, na mesma cestinha da farmácia).
É impossível (e mesmo contra-indicado) tratar, por exemplo, uma pneumonia (infecção) com um antiinflamatório.
Assim como seria absurdo tratar uma tendinite (inflamação, sem germe como causador) com um antibiótico.
Os perigos, claro, não param por aí. Antiinflamatórios têm sido insistentemente usados para situações nas quais um analgésico (mais simples, mais barato e com menos efeitos colaterais) resolveria.
E aí parece que já estou ouvindo alguém perguntando:
-E a garganta?
(ai, a garganta!...)
Nas crianças (pela enésima vez), muitas vezes nem um nem outro devem ser usados, já que os vírus são os campeões (principalmente em faixas etárias mais novas) e, ainda que sejam infecções, são infecções virais, sem necessidade de antibiótico.*
Mesmo nos ouvidos a experiência tem mostrado que quanto menos agressivo se é no tratamento, melhor (exceto nos casos com sintomas mais intensos, como febre prolongada e prostração).
*Na prática médica, quando se fala em inflamações causadas por vírus, são apenas inflamações, reservando-se o termo infecção apenas para as infecções bacterianas (que necessitam antibióticos), o que causa muita confusão!