Procure por assunto (ex.: vacinas, febre, etc.) no ícone da "lupinha" no canto superior esquerdo

13 de julho de 2018

Olhos por Ouvidos


Compro na Amazon desde que ela era um riacho (sem graça!...), no início dos anos 1990. Sempre achei interessante a proposta de escolher entre uma enormidade de títulos (eram quase só livros na época, hoje ela vende - também - livros!), e ainda mais no idioma que eu queria praticar à época, o inglês. Tudo perfeito!
A Amazon hoje é uma das maiores empresas do mundo, "pau a pau" com Apple, Samsung, Google, Netflix e tal. Continua (pra mim) sendo uma empresa interessante, continua dando a mim montes de opções de livros (há uma década ebooks, pra ser mais ecológico e para que sobre algum espaço em casa).
O que tem me deixado "grilado" nos últimos dois ou três anos, no entanto, é o investimento pesado que ela tem feito na preguiça. Sabendo que quase ninguém mais lê (eu e você somos uma tremenda exceção ou, como dizia o recém-falecido Philip Roth, "um gueto"), a multinacional põe, além da prioridade nos filmes e séries, quase todos os livros em áudio (audiobooks).
Audiobook costuma ser assim: ou você perde metade do conteúdo porque está fazendo outras coisas (como dirigindo ou lavando louças, por exemplo), ou você faz como muitos fazem com o "goodandoldbook": relega a uma estante sem nem ter mexido (nesse caso, ouvido). 
Na minha humilde maneira de ver a coisa, quem realmente ouve um audiobook tem muito mais força de vontade e capacidade de concentração do que o leitor de books (costumo perder o trem bem antes da primeira estação, mas no livro posso voltar sem culpa)!
Vale. Só espero que nas décadas vindouras continuem nos deixando exercitar olhos e a fantasia.