Compro na Amazon desde que ela era um riacho (sem graça!...), no início dos anos 1990. Sempre achei interessante a proposta de escolher entre uma enormidade de títulos (eram quase só livros na época, hoje ela vende - também - livros!), e ainda mais no idioma que eu queria praticar à época, o inglês. Tudo perfeito!
A Amazon hoje é uma das maiores empresas do mundo, "pau a pau" com Apple, Samsung, Google, Netflix e tal. Continua (pra mim) sendo uma empresa interessante, continua dando a mim montes de opções de livros (há uma década ebooks, pra ser mais ecológico e para que sobre algum espaço em casa).
O que tem me deixado "grilado" nos últimos dois ou três anos, no entanto, é o investimento pesado que ela tem feito na preguiça. Sabendo que quase ninguém mais lê (eu e você somos uma tremenda exceção ou, como dizia o recém-falecido Philip Roth, "um gueto"), a multinacional põe, além da prioridade nos filmes e séries, quase todos os livros em áudio (audiobooks).
Audiobook costuma ser assim: ou você perde metade do conteúdo porque está fazendo outras coisas (como dirigindo ou lavando louças, por exemplo), ou você faz como muitos fazem com o "goodandoldbook": relega a uma estante sem nem ter mexido (nesse caso, ouvido).
Na minha humilde maneira de ver a coisa, quem realmente ouve um audiobook tem muito mais força de vontade e capacidade de concentração do que o leitor de books (costumo perder o trem bem antes da primeira estação, mas no livro posso voltar sem culpa)!
Vale. Só espero que nas décadas vindouras continuem nos deixando exercitar olhos e a fantasia.