(o título pode sugerir outra coisa: esse tema não é do
mundo da Internet, é do submundo, visto que o mundo é o da maioria, da
“sacanagem”, o submundo é que é todo o resto)
Pensa aí:
Que prazer na vida é imutável?
Qual seu prazer não perdeu cor com o passar do tempo, não
enfraqueceu?
Com o prazer da leitura (para quem o possui), isso não
acontece. O contrário até. Com a idade, vamos criando elos entre o que lemos
outro dia e o que lemos lá longe, no passado.
Vamos ficando mais seletivos, sem perder prazer no ato.
De quebra, ficamos (aparentemente?) mais sábios.
Um sorvete não pode ser relambido.
Um prazer sexual “gasta” (no momento e na somatória dos
momentos).
O livro não nos abandona. O prazer da leitura comove
velhos e novinhos.
E é um prazer que de mal só faz gastar a bunda (ops!). Vá
lá, e uns trocados também, mas nem isso precisa. Há bibliotecas, hoje em dia há
centenas de ebooks gratuitos, de domínio público (e muita coisa boa), basta um
tablet de segunda mão para mergulhar nesse mar de conhecimento. Nessa imensidão
de linhas de centenas de cabeças, com o sagrado poder de transformar a nossa.
Espera: você está se negando esse prazer? Pior: vai
negá-lo ao seu inocente filho?