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7 de dezembro de 2012

Pego em Tiroteio

 
Falando como pediatra, alguém que se depara à toda hora com menores - e maiores - com problemas de ordem emocional dos mais variados:
Tenho me assustado com o atual embate (já não é mais um debate) entre psiquiatras e psicólogos (mais especificamente psicanalistas) sobre quem trata o que - e, principalmente, se alguém realmente trata efetivamente alguma coisa. E mais, se muitas das tais coisas são verdadeiramente "tratáveis".
A briga é, ao que parece, no âmbito anátomo-fármaco-funcional ("frios" psiquiatras) versus "história de vida e suas conseqüências" (bem intencionados psicólogos), e aparentemente vence quem agrada mais ao paciente, pois há pacientes com gravidades e gostos muito diversos.
Nossa atual (e perigosa) medicina das "evidências" (perigosa porque esquece que evidências são mutáveis, e não sinônimos de verdade eterna) pende muito a balança para o médico, o fármaco, a doença.
Quanto à mim, ainda que muito bem intencionado, ando muito lerdo a dar o veredito.