Parar
tudo para assistir um jogo, ok. Tomar umas cervejas, ok. Ficar eufórico com um
título, ok. Buzinar, soltar fogos...
Vender
a casa, deixar a família na penúria para ir assistir a um jogo no Japão,
quebrar tudo quando ganha, quebrar tudo quando perde, matar...
No
outro hemisfério...
Um
rapaz que tem problemas, claro (mas quem não os tem?), os resolve tentando
quebrar o recorde mundial de crianças abatidas numa escola - e não por
coincidência essas tragédias têm a escola como palco (já comentei sobre isso aqui).
A
era dos excessos vai fazendo suas vítimas, de todos os tipos.
Os
silenciosos, os comedidos, os educados, os civilizados, ainda maioria, estão,
no entanto, sendo engolidos.
Não
dá notícia ser vice e ir trabalhar engravatado no dia seguinte. Notícia é
perder o emprego, campeão. É, como sempre, o fanatismo (aparentemente) cuidando
do social.
É
ridículo dar a vez, agradecer. Bonito (massa!) é arrancar seu lugar com unhas e
dentes.
Construir
é devagar, destruir é rápido. Educar é penoso, massificar é muito mais fácil,
pois se alimenta da ignorância, da anencefalia.
A
indústria da cerveja não nos quer tranquilos. Ficar em casa, parado, não vende
carro. Silencio não precisa de iPhone. Civilidade economiza o planeta mas... o
planeta ainda não acabou, não é mesmo?