Então. Hoje, mais um fim do mundo.
Imagino que com esse seja mais ou menos o décimo oitavo
que só eu participo. Uns maiores, outros menores, mas deve ser por aí.
Lembro de alguns fins com reportagens de abrigo subterrâneo
(fim do mundo vai ter “subterrâneo”?), de máscaras de gás (como se o fim do
mundo significasse fim do ar respirável, apenas) e até – como o de hoje – com
retrospectivas dos fins de mundo anteriores (todos falhos, como sabemos, até
pelo menos daqui a pouco).
Bem que nos avisaram pra não usar plástico. Pra só usar
água no final da lavada. Pra retirar todo o carpete de casa. Pra limpar o cocô
do cachorro na rua (sem plástico! mas mesmo que o cagão do cachorro não fosse
nosso?). Pra que nos abraçássemos mais. Pra... que mais, mesmo?
Não sei. Não fizemos, viram? Agora, estamos aí, todos no
mesmo barco. E sem Noé pra comandar (se bem que Noé tinha uma leve preferência
pela bichalhada...).
Parece que esse é pra valer.
Ou não.
Mas eu é que não vou ficar aqui escrevendo nesse blog que
ninguém lê enquanto o mundo se derrete. Ou se inunda, ou se explode, ou... Que
angústia esse negócio de não darem detalhes, de não darem sobrenome pra esse
fim do mundo!
Fui! (Fomos!)
(Não mais engarrafamento, não mais mosquito, não mais
quiabo, não mais Michel Teló? Nááá! Nada pode ser tão bom!)