O olhar para a pessoa "amarela" sempre foi um olhar preconceituoso - como de resto para alguém de qualquer outra cor (os verdes, marcianos, e os roxos estando no ápice da lista, visto que estes provavelmente estão mortos).
Até um passado recente (antes das vacinas de hepatite e das melhorias sanitárias) via-se muita gente amarela, com causas de gravidade variável.
Esse número diminuiu muito.
É talvez por isso, pela relativa raridade das outras causas que, quando o recém-nascido apresenta uma icterícia, os olhares vêm (e vêem) feios. Ainda mais em casos benignos mais prolongados, como a "icterícia do leite materno". Há uma impressão geral de que se "tenha que fazer alguma coisa", quando na verdade a alteração da cor da pele melhora com o tempo.
É mais uma daquelas coisas em Pediatria que temos (um pouco) que parar de olhar...