Tirânicos costumam brotar dos engraçados, dos petulantes, dos ridículos, dos pretensiosos, dos "bobinhos".
Deixem crescer. Não podem seus ambiciosos galhinhos. Verão o que pode suceder.
Donald Trump, candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, é o personagem da vez. Com uma campanha só menos ridícula que suas propostas, de tão bobo parece inofensivo. Melhor não dar a ele algum poder.
Crianças e adolescentes com tendências tirânicas suscitam risinhos de admiração dos seus pais. É novidade toda aquela personalidade numa criatura pequena ou imatura. Além disso, denota inteligência, esperteza, qualidades que os pais admiram.
Suas respostas, desejos, vontades, manias vão ganhando corpo. Até se transformarem em condições inegociáveis. Já sem sorrisos, sem graça. E, às vezes, sem saída.
Tirânicos não crescem da noite pro dia. Precisam do solo fértil da condescendência de alguns ou de muitos. Nutrem-se do vazio das vontades dos outros para expandir suas próprias. Mas podem e devem ser mantidos no seu lugar devido, acompanhando o crescimento dos outros, respeitando seu espaço.