Sempre tenho dito para as mães que a história das noites delas (e dos pais) com seus pimpolhos mudou muito nas últimas décadas.
Pra começar, mães (e pais) do passado (até meio recente, coisa de duas gerações pra trás) costumavam ter muito mais filhos.
Então, se um deles resolvia querer um pouco mais de atenção noturna, provavelmente não a receberia. Estilo: " Quieto aí e durma!". Era muita gente pra se preocupar (e os pais ainda eram só dois)!
Certo? Errado? Bom? Ruim? Bom ou ruim para a mãe? E para a criança?
Não há respostas prontas, mas que hoje vemos muito mais mães incomodadas com a "reina" dos filhotes no período noturno (muitas vezes "disfarçada" de fome), isso vemos. Acostumam mal, pode-se dizer, os reizinhos. E acham as mães que somos nós, os pediatras, "os maus", se aconselhamos algum rigor.
A outra questão (para a qual a resposta deveria ser de cara um "tanto faz", sem os exageros do cientificismo das maneiras de se viver) é o: dormir ou não dormir com o bebê na própria cama (tem palavra chique pra isso também: co-sleeping!).
Já vi - e já me convenci - dos argumentos para qualquer lado. Percebo, no entanto, que as mamães - ao contrário do que se costuma acreditar - dormem melhor coladas no seu rebento (com quase nada de prejuízo pra ambos).