No programa Bem Estar (o "Mais Você da saúde") dessa semana os médicos convidados explicaram porque a vacinação contra o HPV não está "pegando" (sua cota vem baixando, ao invés de subir).
Não foi isso exatamente o explicado, mas o que parece acontecer com informações na área da saúde para "as massas" é que informação demais dá preguiça, e aí a coisa não acontece.
É difícil imaginar diferente.
Já somos entulhados de informação, desde a hora que acordamos.
Para a mãe, para a dona de casa, para o pai, para o trabalhador, se a informação não chegar redondinha, sem porcentagens, sem gráficos, sem probabilidades, vai passar batida.
Foi dado o exemplo:
Meningite mata. Tem vacina? Tem! Então dá! (o curioso é que nem nesse caso as coisas são mesmo assim tão simples: são vários os tipos de germes que causam a meningite, as vacinas têm eficácias diferentes, para alguns sorotipos não existe vacina, etc.).
No caso do HPV, tem todos esses entraves: serve pra que? Câncer? Na minha filha de 9 anos? Ah, é pro futuro longínquo (o que é "longínquo"?)? Ainda não está provado no prazo longo? Ainda vai ter que cuidar, usar camisinha, fazer preventivo, essas coisas? Ah, então melhor deixe! Ela que se cuide quando for adulta, né?
E por aí vai.
Dificinho, mesmo...