(Quem está disposto a atender esta amável senhora?)
Médicos com M maiúsculo estão se tornando raros.
E não só eles. Profissionais com P maiúsculo, de qualquer área que lide com gente.
Por que?
Dentre outros motivos, porque gente está cada vez mais complicada.
Nossa era trouxe muita coisa boa: liberdade, respeito, civilidade, informação. Mas trouxe efeitos colaterais: nos mostrou complexos, cheios de desejos (que tínhamos, mas não tínhamos a liberdade de manifestar, e principalmente não à toda hora!), cheios de direitos, cheios de medos pela nossa fragilidade, pela nossa finitude, cheio de exigências... Chatos, enfim!
E quem está tendo a capacidade de lidar com essa "chatura" toda?
Porque um profissional - seja ele médico, dentista, técnico de enfermagem, secretário, professor, psicólogo ou o que for - além das mil e uma habilidades aprendidas para a profissão vai ser pouco útil se não souber lidar com gente e, mais ainda, se não souber lidar com a sobrecarga física, emocional, sobrecarga - desculpe o termo - "sacal" que essa gente (exi-gente) toda cria!
Vira aquela coisa do "eu cuido dos outros, mas quem cuida de mim?".
Vai uma pequena dica aí: se você preza (e é bom que preze, senão ele some!) seu profissional (médico, dentista, técnico de enfermagem, secretário...) trate-o com um certo carinho. Pelo menos não o apoquente. Pelo menos não o tempo todo. Seja econômico nas queixas e objetivo nas requisições. Vale "lista de supermercado", mas com poucos itens por vez, porque tem gente na fila...
Ah, tava esquecendo: caixa de supermercado! Pobre gente!