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2 de setembro de 2014

Por Que Eu? (Hipertensão)


Normalmente quando se pensa em hipertensão arterial, pensa-se assim: o pai ou a mãe tem, o filho pode ou deve ter, etc. Uma herança simples, por assim dizer.
Nada mais errado.
Ao se pensar em herança de pressão alta, a melhor imagem a se invocar é o de um imenso quebra-cabeças, daqueles que você leva um ano montando - ou mais provavelmente desiste de montar.
Tal é o enrosco que o projeto genoma humano tem demonstrado sobre a questão.
São numerosos os alelos (os locais dos gens responsáveis por uma determinada característica) já implicados, e o que complica muito são as formas pelas quais esses gens se expressam (mais num determinado sexo para alguns alelos, muito modificáveis pelo ambiente em outros, interagindo entre si em outros ainda, isso sem falar na variação de idade e raça em que cada um deles irá se expressar).
Isso dá uma bela mostra também da diferença verificada na efetividade do tratamento medicamentoso de um sujeito para outro.
Não é à toa que tantas classes de medicamentos aparecem e nenhuma delas vence a briga.

Não é à toa também a revolta (e a incompreensão, e a revolta pela incompreensão) dos pacientes que se descobrem hipertensos quando não esperavam - ou quando estavam "fazendo tudo certinho" em termos de cuidados de saúde.