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1 de agosto de 2014

Instando


Essa discussão já vai se tornando anacrônica ("vai se tornando anacrônica" equivale a "vai se tornando grávida", mas...), mas...
Quando você instagrama ou facebooka (quando posta para o mundo) o close da sua pequena filha na praia tomando uma água de côco, há poucas chances de algum uso indevido da imagem. Já ao se afastar a câmera, a coisa começa a complicar, principalmente se a sua filha está de biquini, se já mostra algum sinal de puberdade, se faz um olhar meio "diferente", se...
Muita maldade?
Um mundo bonzinho é conversa de final de novela das nove da Globo. Maldade existe, e abunda (Abunda? Agora a maldade foi sua!). Por isso, algum cuidado, pensar um pouco como alguma mente maldosa a espreita é apreciado.
Muita gente argumenta sobre o problema de quem está do outro lado, o soturno, e não do inocente fotografado (ou filmado). E é essencialmente verdade. Tenho uma opinião de que a partir do momento em que todos andemos (ou, principalmente, nos instagramemos ou nos facebookemos) novamente como nas profanas obras de Ticiano (ou mesmo do mais explícito Courbet) diluiremos o interesse - e a consequente maldade. Afinal, não é esse o princípio do naturismo (todos pelados pra que ninguém dê bola)?
A outra questão (abordada nesta semana no jornal espanhol El País) é a da pouca consideração que os pais costumam ter com o futuro adolescente/adulto em relação à exposição de cada momento de sua vida (assim mesmo: ca-da mo-men-to da su-a vi-da como num álbum eternamente aberto deixado no centro da praça para o mundo inteiro ver)!
Você gostaria?
-Ah, eu sim!

É, mas talvez seu filho, não! Timidez, aversão à superexposição, futuros problemas em relacionamentos pessoais ou profissionais ou simples desrespeito são questões a se discutir antes do próximo click...