"Comprei um travesseiro anti-refluxo pro meu filho"
"Péra! Como é que é? Travesseiro anti-refluxo? Existe isso?"
(O Sr. devia saber!) "Existe. E custou caro pra caramba!"
"E no que esse travesseiro anti-refluxo é diferente de outro travesseiro?"
"Não sei. Só sei que está escrito na embalagem: anti-refluxo!"
"Ah... Mas quando você coloca um travesseiro, qualquer travesseiro, para o bebê ficar com a cabeça mais elevada, não faz deste travesseiro um "anti-refluxo"?"
"É, acho que sim!..." (pensando nos "dólares" gastos...)
Essa história é baseada, lamentavelmente, em fatos reais (tentei reproduzi-la ipsis litteris - de novo, lembrando que escondo o nome dos santos - um deles era eu, obviamente!).
Pais hoje encontram tudo quanto é tipo de artigo para "ajudar" na criação dos seus filhos (agora, assim de relance, dois outros itens "fundamentais" me vêm à memória: um capacete que "desentorta" a plagiocefalia - a deformidade mais comum do formato da cabeça dos bebês - e um "coador", uma espécie de redinha que separa o alimento da boca do bebê para que este não engula pedações de comida).
Para aqueles que me lêem e pensaram: "quanta bobagem!" digo: "Parabéns, mas vocês caminham rapidamente para a extinção!". Para aqueles que pensaram: "Oba! Onde é que compra?" respondo primeiramente: "Sei lá! Procura aí!"e: "Bem-vindo ao capitalismo, onde o que se fabrica, você primeiramente compra, depois raciocina".