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3 de maio de 2013

Devolvam Minhas Amígdalas!


 
Vamos falar (ou escrever) claro:
No nível de conhecimento atual quase que não há mais nenhuma indicação de retirada cirúrgica de amígdalas por conta das tais “infecções de garganta de repetição”.
Crianças (ou mesmo adultos) que apresentam infecções de garganta a toda hora o que precisam é de conhecimento.
Conhecimento:
§ de que em algumas fases da vida as infecções de garganta podem acontecer de forma mais freqüente (o que não quer dizer que acontecerão a vida toda)
§ de que infecções de garganta não costumam ser problemas sérios (ainda que muito incômodos em alguns momentos)
§ de que alguns fatores (alguns deles controláveis) são grandes favorecedores de infecções (como o número de “parceiros de beijo” na adolescência, que faz com que germes estranhos ao organismo sejam adquiridos, ou como o stress diário no caso de muitos adultos)
§ de que o problema maior (especialmente em crianças) não são as infecções bacterianas, mas o diagnóstico errado (no caso das inúmeras faringites virais), com abuso de antibióticos, o que facilita infecções a posteriori.
§ de que a retirada das amígdalas não resolvem os problemas acima (paciente sem amígdalas ainda têm faringe – Ih, é bom nem dar idéia!)
As cirurgias de amígdalas ainda hoje têm sido um grande ganha-pão (nesse caso, ganha-a-padaria-toda!) dos otorrinolaringologistas, que amiúde prescrevem antibióticos a torto e a direita, ajudam a criar germes resistentes na mesma população que depois eles mesmos vão indicar cirurgia (para eles mesmos operarem! é ou não é um grande negócio?).