Crianças pequenas não vêm equipadas de fábrica com compartimento de pilhas, que você poderia retirar para que sossegassem na hora de irem para a cama (ei, ouvi o seu "infelizmente"!).
Então a segunda melhor opção que os pais normalmente encontram é o que eu chamo de "doping calórico": encher a pança dos seus filhinhos próximo ao encontro com o Morfeu - a mistura preferida é leite com alguma espécie de farinha - para que "apaguem" pelo cansaço da digestão.
A tática sempre foi empregada, e é até válida, pelo menos até um certo momento.
O problema é que em alguma etapa da vida da criança ela vai ter que aprender a dormir "por mérito", simplesmente porque tem que dormir, ora bolas!
E é nisso que os pais atuais tropeçam: ninguém está com coragem - ou paciência, ou disposição - para disciplinar o pimpolho!
Aparelhos digestivos também precisam de descanso, também devem ter "hora pra dormir".
Pais não precisam e não devem ser escravos dos seus filhos à noite, mas para que recebam a carta de alforria precisam merecê-la, terão que gastar algumas noites fazendo ouvidos de mercador e endurecendo o jogo.
Como pais do passado faziam.
E ninguém morreu por isso, muito pelo contrário.