E como bom mosquito, farejo minhas vítimas a uma boa distância. Alias, farejo só, não. Percebo seus movimentos, mesmo no escuro (ou principalmente no escuro).
Minha carne favorita é carne de bebê. Criança pequena também serve. Só na fome extrema é que me sirvo de adulto (argh!).
E pouco adianta cobrir o bebê de roupa. Ele mesmo se mexe, se vira e se revira no berço, facilitando enormemente meu trabalho. Por isso é que acham que eu prefiro punhos, canelas, cinturas e rostos. Não sou enjoado. Me alimento de qualquer coisa (humana, claro). Mas é o que me sobra, o que me é dado de bandeja.
Uma coisa, entretanto, quero esclarecer:
Não sou eu o responsável por todas aquelas bolinhas que vocês vêem nas suas crianças ao raiar do dia. Parte sou eu, sim, que faço. Mas parte do estrago é picada (minha, também, ou dos meus amigos) antiga, de dias ou noites anteriores. Mas que culpa tenho eu se o seu filhote é alérgico e aquelas cicatrizes voltam todas a coçar? Fala lá com o pediatra dele e pede uma pomada ou antialérgico ou qualquer coisa do gênero, e não me incomode.
(Sabe o que eu gosto? É daquelas mães que vêem o que eu faço e põem a culpa no chocolate que seus filhos comeram! Ri, ri, zz, zz!)